sábado, 28 de abril de 2018

Suzuki DL-1000XA V-Strom 2018

Abril de 2018 ficará para sempre marcado com o meu regresso às V-Stroms. A minha nova companheira de Aventura que hoje me foi entregue simbolizou um momento muito especial, não só pelo normal entusiasmo de estrear uma mota nova mas especialmente porque a partir de agora estou de regresso à minha marca preferida de sempre e à minha maior paixão em duas rodas desde 2006, as V-Stroms.
Nos próximos meses vou aqui relatando toda a evolução da mota, para já os primeiros quilómetros são sempre estranhos, a fase de adaptação à altura, aos comandos, à visão dos espelhos, ao toque dos travões, ao cuidado especial de não ultrapassar as RPM recomendadas pelo fabricante e claro os pneus ainda cheios de goma.
Esta Suzuki foi adquirida no concessionário do Cacém, além de todo o equipamento de série como controle de tracção, assistente de arranque, vidro regulável pela mão com três posições sem recurso a ferramentas, computador de bordo, levou como extras as três malas, descanso central, protecção de carnagem, ficando um conjunto bastante completo e apto aos maiores desafios em termos de viagem. 


A estreia da V-Strom ficou marcada com uma viagem pelo centro do País com chegada a casa 795 kms. depois, o que já deu para ter uma ideia do que mais ou menos me agrada na mota, tendo em conta que a mota fez os primeiros 650 kms. abaixo das 4.500 RPM conforme recomenda o manual, depois já comecei a abrir o punho até às 6.500 RPM e será este o limite até aos 1.600 kms. havendo a primeira revisão aos 1.000 kms. pelo meio.

Pontos positivos:
-travagem, soberba aos nível de uma moto desportiva, basta um pequeno toque na manete e temos uma travagem eficiente.

-resposta do motor em qualquer rotação, se bem que depois das 4.000 RPM "explode" de uma forma impressionante, mas não há qualquer tipo de bater ou falta de potência rodando em baixa rotação.
-precisão das suspensões a curvar, impecável a forma como a mota se mantém direita e firme quando a deitamos nas curvas, não há qualquer tipo de afundamento ou torção da mota, precisão máxima!
-posição de condução, ao nível do que a Suzuki nos tem habituado desde as primeiras versões da V-Strom, vamos direitos, braços descontraídos sem necessidade de procurar a nossa posição (minha altura 1.76 mt.)

-iluminação.
-visual, principalmente nesta cor.

Pontos negativos:
-consumo, parece não querer baixar dos 5 litros aos 100 kms. nestes primeiros 1200 kms. segundo o computador de bordo fez uma média de 5.1 chegando aos 5.2, para o andamento practicado sem recurso a auto estradas acho exagerado, um ponto para ir acompanhando.
-painel de controle, pode ser opinião pessoal, mas acho o ecran numa posição baixa, 5 a 10 cms. acima facilitava não ter que baixar tanto a visão para ver a imensa informação fornecida, e aí o tamanho reduzido dos números também não ajuda, pode ser uma questão de habituação mas....

-algum calor que sai do motor para as pernas, principalmente do lado direito.
-sensibilidade do acelerador, muito brusco principalmente em baixa rotação.
-botão de luz máximo, funciona no mesmo que accionamos o máximo para alertar alguém por exemplo, com luvas não se torna nada práctico empurrar o botão para a frente.
-banco algo duro ao fim de algumas horas, sem comprometer o conforto da mota.
-descanso lateral, mal que já vem dos anteriores modelos, mola algo "fraca" faz com o que descanso tenha tendência para recolher ou ficar a meio caminho, requer atenção e cuidado para evitar alguma queda parada. 
Com o decorrer dos quilómetros o motor vai-se soltando e realmente este motor de 2 cilíndros em V é viciante em estrada aberta, torna-se até difícil andar devagar tal a resposta sempre disponível ao rodar o punho direito, se na versão de 2004 para a frente até à grande e revolucionária  actualização de 2014 o bater do V twin em baixas era uma das principais queixas aqui isso praticamente não acontece, já experimentei em 6ª deixar a velocidade baixar até aos 50 kms./hora acelerar e prontamente se sente a rotação subir para ritmos frenéticos, apenas com um ligeiro bater de motor inicial. Em estradas irregulares com piso em pedra por exemplo o conforto não é o melhor e a aceleração torna-se brusca quando se pretende andar devagar, requer alguma habituação.

Revisão dos 1000 kms. feita, óleo e filtro de motor mais as afinações gerais 89.90€, aproveitei para montar punhos aquecidos versão touring da Oxford (100€), a partir de agora disponibilidade para explorar a mota mais à vontade principalmente no que toca ao motor.
De referir que esta versão da Suzuki V-Strom faz manutenção programada de 12 em 12.000 quilómetros ou anual, o que mostra uma preocupação da marca em acompanhar a tendência das Europeias que vão esticando o intervalo entre idas à oficina cada vez mais.
















Altura de mimar a máquina com a montagem de dois acessórios, um estético e outro com bastante utilidade em dias de nevoeiro. Os piscas originais da Suzuki em Led, com o preço de 199€ dão um visual fantástico à mota ainda para mais quando os que equipam de série não primam pela boniteza, pessoalmente gostei muito do resultado final.
O outro extra também em Led foram os faróis de nevoeiro da Givi S322 com preço de 360€, a ideia não é usar diariamente como vejo muitos motociclistas fazer nem em condução nocturna porque a luz da mota é fabulosa e mais que suficiente, é mesmo para utilização com nevoeiro, claro que o factor estético aqui foi fulcral, dando maior imponência à frente deste Suzuki. ( preços de tabela, sem montagem ou preço negociado)Com a primeira revisão feita e o motor já solto e a trabalhar como um relógio Suiço a média de consumo mantêm-se nos 5.2 lts. aos 100 kms. num andamento calmo sem auto estradas parece-me alto mas a verdade é que a moto convida a acelerar e manter o ritmo alegre, mantenho-me na expectativa de ver o número na casa dos 4 lts. talvez numa próxima viagem....
Com 1600 kms. feitos, oficialmente acabada a rodagem há que falar novamente dos consumos, poucas vezes baixou dos 5 lts. aos 100 e quando aconteceu ficou pelos 4.9, mas com um andamento "normal" sem grandes excessos o consumo mantém-se nos 5,5.1 lts. apesar de ser acima do que esperava a verdade é que não se pode considerar excessivo.
Feita a primeira experiência com pendura, algumas considerações a ter em conta, falamos de uma pendura que fez vários milhares de kms. na minha anterior V-Strom e também na XT1200, a opinião foi que houve melhorias em relação ao modelo K6 mas que não chega ao patamar de conforto da máquina de Iwata, também concordo quando falo do lugar do condutor, mas não compromete em nada se a ideia é fazer estrada durante várias horas, ao chegar a casa com 200 kms. feitos referiu-se ao banco ser duro e o encosto montado na top case, material original Suzuki estar demasiado recuado. Foi nesta experiência a dois pela zona Oeste num ritmo de passeio que, curiosamente o consumo baixou dos 5 litros, chegando a casa com 4.8 litros gastos em cada 100 kms. percorridos com um gasto de 15€ em combustível. 


2.500 kms. feitos nesta Suzuki e algumas anomalias a assinalar, os punhos aquecidos da Oxford deixaram de funcionar, situação a ser vista no fim do Verão já que agora não fazem falta, entretanto o acelerador ganhou uma folga considerável, após consultar o manual resolvi a situação em poucos segundos sem recorrer a ferramentas, de resto nada a apontar. Nota-se que a moto foi construida com primor como é apalágio da marca, podem não ser as motos mais desenvolvidas tecnologicamente, nem consideradas as mais modernas ou bonitas, mas dão uma segurança extra a quem as compra no que toca a fiabilidade.

Uma das coisas que tenho notado menos positivas é a cor/aspecto da ponteira de escape, apresenta um preto esbatido e facilmente riscável, olhando para os restantes acabamentos da mota talvez aqui podesse ter havido uma melhor solução. 
Entretanto a questão dos punhos aquecidos foi resolvida em casa, fusível foi à vida.
Voltando ao assunto tão questionado dos consumos, agora com 4.500 kms. feitos e numa utilização basicamente em estradas nacionais sem malas ou pendura e sem exageros de velocidade segundo o computador da mota o consumo está em 4.7lts./100kms. um número bastante aceitável.
Já no início de Outubro irei ter o primeiro grande desafio com esta V-Strom, serão quatro dias em que o lado mais turistíco da mota estará à prova, poderão acompanhar tudo aqui: Sul de Espanha 2018
Mais um upgrade, este essencial para as viagens o sistema de orientação GPS, a escolha depois de muita pesquisa foi a última geração do TomTom Rider, o 550 já com actualizações wifi e mapa Mundial. 


As primeiras impressões que tive foi a qualidade de écran, apesar de ser só 4.3" o brilho e imagem que apresenta permite ver perfeitamente à luz do sol, bem como a boa sensibilidade às luvas. O menu parece algo básico mas vamos tentar aprofundar o sistema nos próximos tempos. Neste fim de semana 
foi a estreia da V-Strom nas viagens maiores, foram 1.688 kms. com uma média de consumo 4.6 lts. aos 100 kms.
Nota positiva nesta vertente turística, se na minha anterior companheira de viagem fazia paragens de 100 em 100 kms. com esta Suzuki chego aos 150/180 e ainda não sinto necessidade de parar, cheguei a passar os 200 kms. seguidos, para ajudar a autonomia ultrapassa os 400 kms. com depósito cheio, dá perfeitamente para andar o dia todo sem preocupar com existência ou não de estações de serviço, excelente!
Chegámos aos 7.000 kms. e continuo satisfeito com a V-Strom 1000, até agora reclamações na garantia foram zero! As questões que surgiram, punhos aquecidos que deixaram de funcionar e folga no acelerador, foram ambas resolvidas em casa, no primeiro caso substituindo o fusível e no segundo após uma breve consulta ao manual acelerador regulado em poucos minutos. O consumo mantem-se abaixo dos 5 litros por cada 100 kms. percorridos, o conforto quer no dia a dia quer em tiradas maiores é aceitável ainda sem pensar em mudar a espuma do banco, protecção aerodinâmica não compromete apesar de não ser referência, e o que continua a não agradar é a brusquidão do acelerador em baixa rotação. 

Foi na passagem dos 9.000 kms. que apareceu a primeira anomalia de relevo, a mota deixou de pegar engatada e com embraiagem pressionada, não que isso me incomode porque tenho como hábito por o sistema em funcionamento em neutro e como este modelo tem ajuda ao arranque dificilmente se deixar ir abaixo no arranque logo não vejo sentido por a mota a funcionar engatada mas após consuta do manual confirmei que tal é possível por isso será situação a rever talvez na revisão dos 12.000 kms....
Continuamos com consumos abaixo dos 5 litros aos 100 kms. percorridos, quando os primeiros dez mil quilometros foram ultrapassados. Em breve revisão anual ou 12K e já se estuda a escolha dos próximos pneus. A


Uma situação menos agradável é o encaixe do painel de comandos, como se vê na foto desencaixa facilmente e depois de colocado no sitio certo rapidamente volta a ficar fora. Na revisão foi corrigido e até ver mantém devidamente encaixado. 

Revisão Anual ou dos 12.000 kms. feita com 11033 kms. a marcar no painel digital. Escolhi o concessionário da marca em Mafra porque sempre se mostraram profissionais e competentes nas assistências feitas às minhas Suzukis.Valor 158.67€, tendo em conta o intervalo de revisões recomendado não me parece exagerado, tendo sido feitas todas as afinações, lubrificações, mudança de óleo e filtro, ligação do GPS á ignição e rectificação do problema antes relatado da mota não pegar engatada e com embraiagem acionada, verificou-se que não era anomalia da mota mas sim má instalação dos punhos aquecidos em que a resistência dos mesmos não deixava a manete da embraiagem fazer o curso total, questão resolvida, mota a brilhar e novamente aquela sensação de mota nova nas mãos.

Altura de mimar a menina com mais um extra. Com a necessidade de guardar pequenos objectos como carteira, telemóvel, chaves, máquina fotográfica, etc. decidi aquirir um saco depósito SHAD sistema Pin.

O código para este modelo e grande parte das Suzuki é X013PS que consiste em 3 pins que se fixam no tampão da gasolina e que seguram a mala, neste caso a E10P de 5 litros comprada à parte, aqui as duas peças ficaram em cerca de 90€ vindas de um site Espanhol.

 Em relação à pequena mala apesar da SHAD ser marca Espanhola é Made in China e os acabamentos revelam bem isso. Tem janela táctil para telemóvel, apesar do meu não caber na totalidade lá, tem alça de transporte ao ombro e capa para chuva que peca por ser grossa e ocupar muito espaço dentro da mala, por isso foi para debaixo do banco. De realçar a facilidade com que se põe e tira a E10P dos pins, simplesmente puxando uma tira na parte frontal.                    17.250 kms foi a duração dos pneus Bridgeston Battle Wing que equiparam esta Suzuki de origem, número que me surpreendeu tendo em conta as experiências nas motas anteriores, não posso dizer maravilhas destes BW mas a verdade é que nunca comprometeram a segurança seja em piso molhado ou seco. Decidi manter a Bridgeston mas com o novissímo Battlax Adventure A41,
240€ montados e calibrados, nos primeiros kms. e com o cuidado normal a ter por causa da goma ou cera inicial fizeram-me lembrar os Metzeler EXP em que a mota parece quer deitar-se á miníma inclinação, o que prevê uma tendência alta para curvar, em breve mais pormenores.....
Quase a completar dois anos e ainda antes de terminar a garantia sem queixas para apresentar chegou a altura de fazer a revisão dos 24.000kms. de referir que continuo a optar pelo intervalo recomendado pela marca, 12.000kms. Escolhi a oficina da Suzuki de Mafra em Lisboa, foi feito o seguinte serviço:
Afinações, limpezas e verificações gerais
Filtro Oleo com mudança do mesmo
Pastilhas Travões
Mudança Oleo anti congelante
Troca de velas
Valor pago: 409.74€
Na passagem pelos 27.000kms. tive um pequeno contratempo, luz de médios fundida numa viagem pelo Alentejo, depois de ver alguns videos no youtube mostrando a troca da lampâda decidi mudar em casa, o processo não é fácil mas com alguma paciência lá se consegue chegar à H7 que equipa esta DL, ir a uma loja de motas a troco de quase 5€ e uns 10 minutos depois com o processo de montagem lá voltei a ter luz na V-strom. Lição desta experiência, andar com uma lampâda suplente na mota nas viagens maiores, evita-se perder tempo à procura de uma oficina caso volte a acontecer e acredito que na próxima a troca já seja mais rápida.
Na 

Três anos depois chegou a altura da revisão, não só por ser anual mas também porque a quilometragem marca já 32590, lembro que o intervalo recomendado pela marca é de 12 em 12 mil kms. Desta vez optei por uma oficina multimarca em Mem Martins, já que a última ida a um concessionário da marca acabou por ser uma experiência algo traumatizante.
2 Horas de mão de obra, oleo motor Liqui Molly, anilha, filtro oleo, pastilhas travão da frente Brembo, sprays e limpeza, valor a pagar 208.53€.
Seguimos juntos!!!

Avaliação, 0 a 10
Motor - 8

Conforto - 8
Travagem - 8
Visual - 8
Preço - 7
Protecção Aerodinâmica - 7
Consumo - 8
Prestações - 9
Total : 8

ALBUM DE FOTOS