Lembrando o dia 8 Dezembro de 2015, esta será a segunda edição do Feriado Alentejano!
Destino Sul de Portugal, objectivo andar de mota com perspectiva de ser um dos dias mais longo de 2017, isto no que toca a fazer quilómetros e horas de condução. Provavelmente o último desafio deste ano, com um programa recheado de pontos de interesse, boas estradas e nunca esquecendo a vertente gastronómica da zona.
A ideia foi juntar alguns dos meus melhores amigos das duas rodas, aqueles que me acompanham nestas voltas à já alguns anos e que sabia à partida estarem aptos para um dia duro, que podia ter frio, chuva, vários tipo de estrada e outras possíveis adversidades. Responderam positivamente ao convite o António Carvalho e a sua majestosa Africa Twin 1000, já rodamos juntos desde 2006 com imensas histórias para contar desde então, o António Viegas com a sua inseparável Triumph Tiger 1050, as aventuras feitas juntas davam para vários dias de conversa, desde duas idas a Marrocos, uma N2, e muitas outras e o Paulo Simões com a sua robusta Yamaha XT660Z, temos um percurso semelhante e longo nas motas e quanto toca a andar de mota é de contar com ele!
A manhã começou cedo e com chuva em Mafra, mas a caminho do Montijo foi secando apesar do céu bastante nublado, em contrapartida a temperatura estava amena ao contrário dos últimos dias bastantes frios. Oito horas e meia os quatro aventureiros bem dispostos e prontos para partir no Montijo com direcção Sul de Portugal.
Seguindo pela estrada Nacional sem qualquer tipo de trânsito neste feriado em que se comemora o dia da Imaculada Conceição, passámos por Pegões, Vendas Novas e em Montemor-o-Novo houve a primeira paragem para café e abastecimento já com o céu a querer mostrar boas abertas.
De Montemos a Ferreira do Alentejo são 76 quilómetros na N2, que curiosamente nos marcos da estrada está indicada como "R2", até ao Torrão o piso está num estado exemplar depois perde um pouco de qualidade até Ferreira mas com a vista para as enormes planícies Alentejanas é o que menos importa, separámos-nos em dois grupos para podermos aproveitar ao máximo este magnifico troço.
Depois IP8 por Beja até Serpa onde voltámos a reabastecer e depois de umas voltas pelas ruas estreitas da Cidade seguimos direcção ao Pulo do Lobo, cerca de 20 quilómetros numa estrada estreita mas alcatroada num sobe e desce constante entre colinas até aparecer a placa á direita "Pulo do Lobo 2 kms." em terra batida até nos depararmos com um cenário incrível com o enorme desfiladeiro rochoso onde corre o rio Guadiana direcção ao Sul. Apesar do desvio tanto por este lado de Serpa onde a vista é de cima como do lado de Mértola onde se contacta mais directamente com as enormes e barulhentas quedas de água, vale a pena o que se anda para procurar esta obra prima criada pela Natureza.
Com a vista bem regalada com tanta beleza natural absorvida no Pulo do Lobo, estava na hora de procurar o almoço, marcado para o restaurante Arcada em Safara para as 13 horas. Mais um pouco de terra, muita curva, imensas e longas rectas e com trinta minutos de atraso
estávamos em Safara depois de termos estado a seis quilómetros da fronteira com Espanha. Um bom almoço com aquelas conversas sobre motos que tanto gostamos e já depois das 15 horas estavam os quatro Aventureiros prontos para o regresso a casa, e se o Sol nos acompanhou durante a manhã a Sul nesta altura o céu carregado fazia acreditar que a chuva mais tarde ou cedo iria acompanhar-nos.
Amareleja, Póvoa, e paragem na nova Aldeia da Luz, junto ao Alqueva onde a água apresenta níveis muito baixos, mas a serenidade que aqui se sente é única e recomendável, além da zona ribeirinha fomos também à Igreja da vila
para depois seguirmos em ritmo calmo para se apreciar bem as lindas paisagens Alentejanas até Reguengos.
Ai é obrigatório apreciar todo o esplendor do Alqueva ainda para mais quando o céu apresenta um panorama como o deste dia. Referência ainda para o monumento criado em chapa como homenagem ao Cante Alentejano, não é de estranhar ver os imensos turistas que por ali passam posarem junto dele e os nossos motociclistas de hoje não foram excepção.
O próximo e último ponto de interesse para hoje, até porque o dia ia escurecendo a passos largos era a uma curta distância, Cromeleque do Xerez, para quem conhece o Cromeleque dos Almendres perto de Èvora este poderá ser considerado uma miniatura, mas não deixa de ter a sua beleza até pela zona desafogada e seca onde se encontra.
Ainda sem chuva, devidamente equipados agora era altura de rodar mais solto com próxima paragem programada em Vendas Novas. Depois de Évora fomos brindados com o pior inimigo da estrada, nevoeiro que nos fez abrandar o ritmo para manter o nível de segurança adequado à situação.
Em Vendas, terceiro abastecimento do dia e a tão tradicional bifana da zona, alguns de nós ainda cheios do almoço optaram por coisas mais ligeiras, mas a ideia era descansar um pouco e fazer as despedidas desta aventura, onde o nevoeiro começou a desaparecer. Em Pegões o António seguiu em direcção a Vila Franca de Xira, no Montijo o Viegas tomou o caminho de sua casa e depois da ponte Vasco da Gama o Paulo desviou para a 2ª circular e eu com a XT fiz um pouco da A8 até Loures para na N8 chegar a Mafra pelas 20.30h.
com mais 651 kms. do que na partida de manhã. De salientar que a chuva que encontrei de manhã à saída de casa foi a mesma que apanhei no regresso, tanto na quantidade com trajecto.
Muito mais havia a dizer sobre esta segunda edição do Feriado Alentejano, mas fica a certeza de um dia bem passado com óptima companhia.
Venha agora 2018 e ideias novas porque viver num País tão bonito e com este clima é um privilégio!
ALBUM DE FOTOS
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
domingo, 3 de dezembro de 2017
Em busca do Silas!
Chegámos a Dezembro, e ainda restam alguns cartuchos para queimar antes de ultrapassarmos a barreira para 2018, com perspectiva de um Domingo frio mas solarengo aproveitei o terceiro dia deste último mês de 2017 para ir redescobrir as maravilhosas bifanas do Silas em Muge. Entre as bifanas de Vendas Novas, Ponte de Sôr e estas do Ribatejo se tivesse que escolher as melhores muito possivelmente seriam estas as minhas eleitas, além do avantajado tamanho a diversidade de escolha tornam-as um apetecível petisco a qualquer hora.
A volta planeada ronda os 250 kms. paragens pré estabelecidas são algumas, até porque passear ou viajar de mota sem apreciar e absorver os pontos de interesses que se vão encontrando não faz sentido.
À um ano atrás andei na mesma zona com a saudosa Suzuki B-King explorando parte do maravilhoso Ribatejo, desta vez baralhei um pouco o mapa, apenas o destino em Muge se manteve.
A saída de Mafra foi bastante cedo, não tivesse sido como habitualmente uma noite de ansiedade por ir andar de mota, muito frio com os campos pintados de branco pela geada nocturna, pouco ou nenhum transito, mas com o equipamento bem preparado a sensação era agradável como sempre que monto a XT1200 para estas voltas de maior ou menor dimensão.
Rodando pelas estradas nacionais, o primeiro café do dia foi em Sobral de Monte Agraço acompanhado de um pastel de feijão, passando pelo Carregado, o primeiro ponte de interesse era na Azambuja, um palácio em ruínas situado na Vala Real junto ao calmo rio Tejo. É logo na entrada da povoação que aparece as indicações e depois não há que enganar até lá chegar.
Quando se chega à placa que indica o caminho para o Palácio temos meia dúzia de kms. de estrada de terra batida, bem rápida por sinal, o edifício num estado de degradação bastante avançado deve ter uma história interessante, quer pela sua isolada localização bem como a calma que o rodeia, além da lenta deslocação das águas do rio Tejo, não havendo vento como foi o caso de hoje, temos um sossego completo, quando me perguntam o porquê de gostar de viajar sozinho, esta é apenas uma das muitas razões.
Arrepiado pelo frio e mistério que ali se vive nas paredes estragadas e nas enormes árvores que rodeiam o Palácio lá fui investigando o espaço com as habituais fotografias em modo solitário.
Preparar equipamento e já com alguma saudade deixo o local dando um andamento solto à XT até apanhar o alcatrão de novo. Próxima paragem Valada do Ribatejo, seguindo pelos enormes campos agrícolas que fazem margem com o rio Tejo, apreciando e sentido a calma da zona, ainda para mais porque poucas pessoas ou carros tinha visto até agora, fui deslizando a mota até chegar ao Cais da Valada, mais um café com vista para a beleza única do maior rio de portugal que aqui num tamanho modesto corre lento e sereno....
Pouco depois da Valada aparece a possibilidade de transpor o rio para Este pela ponte Rainha D. Amélia, ponte de ferro e sentido único, que inicialmente construída para uso ferroviário foi adaptada posteriormente também para circulação. automóvel e pedonal.
No outro lado da margem do rio chegamos a Muge, destino principal para esta mini Aventura, o petisco que ninguém resiste, as deliciosas bifanas do Silas, enorme variedade de escolha. Apesar de ainda não ser meio dia, a verdade é que o dia já vai longo e ficarei já almoçado.
E é já bem almoçado que me sento de novo na Super Ténéré, nesta altura com o sol a bater no equipamento criando um calor estranho no corpo. Olho para o GPS e são cerca de 180 kms. até casa livres de portagens como faço questão sempre de ser. Seguiram-se estradas de sonhos sem qualquer tipo de trânsito, passando pelo Cartaxo, Rio Maior, topo da Serra de Montejunto onde o habitual frio e vento voltaram a criar uma sensação gelada, mas a vista num dia de céu limpo como hoje valem bem o esforço, até o mar se conseguia ver, deslumbrante! Cadaval, Torres Vedras, Gradil e Mafra com 256 kms. feitos até ás 14 horas, número modesto mas que nos vai preparando cada vez mais para as grandes Aventuras que se aproximam!
Mota: Yamaha XT1200Z
Kms. feitos : 256
Média Consumo : 5 lts./100 kms.
Despesas:
Gasolina - 20€
Alimentação - 9.70€
Total - 29.70€
A volta planeada ronda os 250 kms. paragens pré estabelecidas são algumas, até porque passear ou viajar de mota sem apreciar e absorver os pontos de interesses que se vão encontrando não faz sentido.
À um ano atrás andei na mesma zona com a saudosa Suzuki B-King explorando parte do maravilhoso Ribatejo, desta vez baralhei um pouco o mapa, apenas o destino em Muge se manteve.
A saída de Mafra foi bastante cedo, não tivesse sido como habitualmente uma noite de ansiedade por ir andar de mota, muito frio com os campos pintados de branco pela geada nocturna, pouco ou nenhum transito, mas com o equipamento bem preparado a sensação era agradável como sempre que monto a XT1200 para estas voltas de maior ou menor dimensão.
Rodando pelas estradas nacionais, o primeiro café do dia foi em Sobral de Monte Agraço acompanhado de um pastel de feijão, passando pelo Carregado, o primeiro ponte de interesse era na Azambuja, um palácio em ruínas situado na Vala Real junto ao calmo rio Tejo. É logo na entrada da povoação que aparece as indicações e depois não há que enganar até lá chegar.
Quando se chega à placa que indica o caminho para o Palácio temos meia dúzia de kms. de estrada de terra batida, bem rápida por sinal, o edifício num estado de degradação bastante avançado deve ter uma história interessante, quer pela sua isolada localização bem como a calma que o rodeia, além da lenta deslocação das águas do rio Tejo, não havendo vento como foi o caso de hoje, temos um sossego completo, quando me perguntam o porquê de gostar de viajar sozinho, esta é apenas uma das muitas razões.
Arrepiado pelo frio e mistério que ali se vive nas paredes estragadas e nas enormes árvores que rodeiam o Palácio lá fui investigando o espaço com as habituais fotografias em modo solitário.
Preparar equipamento e já com alguma saudade deixo o local dando um andamento solto à XT até apanhar o alcatrão de novo. Próxima paragem Valada do Ribatejo, seguindo pelos enormes campos agrícolas que fazem margem com o rio Tejo, apreciando e sentido a calma da zona, ainda para mais porque poucas pessoas ou carros tinha visto até agora, fui deslizando a mota até chegar ao Cais da Valada, mais um café com vista para a beleza única do maior rio de portugal que aqui num tamanho modesto corre lento e sereno....
Pouco depois da Valada aparece a possibilidade de transpor o rio para Este pela ponte Rainha D. Amélia, ponte de ferro e sentido único, que inicialmente construída para uso ferroviário foi adaptada posteriormente também para circulação. automóvel e pedonal.
No outro lado da margem do rio chegamos a Muge, destino principal para esta mini Aventura, o petisco que ninguém resiste, as deliciosas bifanas do Silas, enorme variedade de escolha. Apesar de ainda não ser meio dia, a verdade é que o dia já vai longo e ficarei já almoçado.
E é já bem almoçado que me sento de novo na Super Ténéré, nesta altura com o sol a bater no equipamento criando um calor estranho no corpo. Olho para o GPS e são cerca de 180 kms. até casa livres de portagens como faço questão sempre de ser. Seguiram-se estradas de sonhos sem qualquer tipo de trânsito, passando pelo Cartaxo, Rio Maior, topo da Serra de Montejunto onde o habitual frio e vento voltaram a criar uma sensação gelada, mas a vista num dia de céu limpo como hoje valem bem o esforço, até o mar se conseguia ver, deslumbrante! Cadaval, Torres Vedras, Gradil e Mafra com 256 kms. feitos até ás 14 horas, número modesto mas que nos vai preparando cada vez mais para as grandes Aventuras que se aproximam!
Mota: Yamaha XT1200Z
Kms. feitos : 256
Média Consumo : 5 lts./100 kms.
Despesas:
Gasolina - 20€
Alimentação - 9.70€
Total - 29.70€
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